Dandara Vive
Kathleen Lorranny Siqueira
Felipe Lucena
Karine Araújo
Alana Beltrão
Introdução
Durante o processo de execução do enredo de Dandara Vive alguns aspectos precisaram ser
debatidos e foram imprescindíveis para a construção do processo criativo da peça, no entanto,
apenas quatro destes puderam ser destacados: narrativa, simbologia, música e coreografia e
escrita do roteiro. Nesse sentido, ao explicita-los devemos ter sempre em mente que a
problemática social inspiração para a apresentação desse projeto é a violência contra mulher, e
como funciona quando esta está dentro de um grupo de minorias, alvo de constante agressões
físicas, verbais e psicológicas. “Corajosos, despreocupados, escarninhos, violentos, assim nos
quer a sabedoria, ela é mulher e só ama quem é guerreiro” (Nietzsche, pg.89,1890).
Captações de uma realidade não tão longe da nossa
Kathleen Lorrany Sirqueira
O primeiro momento foi ir atrás de pesquisas relacionada sobre o tema abordado sobre a
violência contra as mulheres, depois de várias conversas decidimos que o tema seria sobre uma
mulher travestir, pois esse tema é muito pouco discutido e a sociedade não ver como importante
e também tem a questão de ser uma travestir mulher.
Como queria uma história baseado em fatos reais, acabamos lembrando-se do choque que foi o
caso da Dandara da Silva para todo mundo, uma mulher transexual que se assumiu com 18 anos
e que morreu da pior forma possível em pleno século 21.
Após várias pesquisas, relatórios e entrevistas de parentes, decidir ir mais a fundo sobre a
questão é procurar algum familiar ou amigos que morava no mesmo bairro que ela. Essa foi uma
das partes mais difíceis para mim, pois é uma história muito delicada e que ainda todo mundo
está fragilizado e eu não sabia como começar ou como chegar perguntando. Logo, veio uma
frase na minha cabeça que me ajudou muito nesse processo criativo e ir atrás de todas as
informações que era a seguinte “ Dandara está viva e não iríamos se calar” (nenhum dos
criminosos foram julgados).
Procurei conhecidos de conhecidos pelo facebook e páginas que falava sobre o caso, entrei em
contato com uma conhecida e expliquei para que servia essa pesquisa e ela não quis entrar em
detalhes e pediu que não tocasse no assunto, expliquei novamente do que se tratava e ela me
passou o nome da mãe da Dandara para eu procurar e acabei não encontrando, mas com o
primeiro contato eu já entendi que ninguém queria tocar no assunto porque estava recente e todos
estavam fragilizados. Com essas pesquisas, queria entender mais o que se passava depois de 1
ano na cabeça dos amigos, como essas pessoas sentia ao saber que ninguém foi julgado ainda, o
que a vizinhança comenta ou já esqueceram para poder criar uma história encima disso.
O vídeo que dura aproximadamente 5 minutos, teve vários momentos que eu chorei, sentir
raiva, me perguntei várias vezes porque ninguém não fez nada e ficou só gravando, essa parte da
gravação teria que de alguma forma aparecer no processo criativo do roteiro, pois mostrava
claramente como a necessidade de atenção e de exposição se tornou tão viável mesmo sendo
uma ação que fere todo direito do cidadão.
Colocamos todos os fatos em um cenário político atual que está acontecendo, depois dessa
divisão de direita ou esquerda vários comentários preconceituosos começaram a rolar, era tão
sem noção que parecia mentira, mas era tão real que os comentários feitos no vídeo da Dandara
após a morte dela só mostrava o quanto o ser humano é cruel e hipócrita e mesmo de forma
indireta concordava com essas crueldades, fazendo que os comentários sobre à Dandara só
mostrem que todos que comentaram participaram de alguma forma e se relacionava com o ato
que aconteceu e com as pessoas que não fizeram nada e só ficaram olhando. Cada criminoso com
uma máscara de redes sociais retrata o quanto as pessoas se escondem atrás de uma tela de
computador e se tornam duas faces.
Outro fator a citar sobre a narrativa foi o carrinho de mão, no vídeo gravado antes da execução
é mostrado de forma medíocre como tratou a Dandara como se fosse um lixo e o carrinho teve
uma enorme significância ao passar do tempo para toda à cena.
Escolhemos o carrinho como foco para jogar os objetos pessoais que a identificava tudo dentro,
para demonstrar que nada teve importância e tudo não passou de um grande lixo inutilizado. A
primeira cena decidiu que o carrinho ficaria no centro e os agressores arrastariam todos os
objetos pessoais para dentro dele para depois começar a agredir. Essa cena não foi difícil de
montar, pois com toda pesquisa e choque em ver os vídeos várias vezes as ideias iam surgindo
automaticamente, podendo falar sobre o assunto por muito tempo. Focamos também nos
agressores, como em fatos reais nem todos foram julgados depois de tempo, então buscamos
colocar eles nas ações de as cenas sempre querendo parecer que tem razão e que não estão
nenhum pouco arrependidos.
Por fim, a narrativa se baseou em toda pesquisa realizada em fatos reais e construída encima do
cenário político e como a sociedade se posicionava em relação a todo contexto. Cada
personagem teve uma importância nesse processo criativo e trouxe uma reflexão em cada ato que
vai ser mostrado nos outros processos.
Simbologia em Dandara Vive
Felipe Lucena
Nosso roteiro foi produzido em cima de um caso horrendo que envolve crime de ódio e
feminicído, mas mais importante ainda é deixar bem claro que ele mostra o reflexo de uma
sociedade que após tantas gerações, ainda cultiva o mesmo pensamento retrógrado,
preconceituoso, machista e LGBTQfóbico. Aqui relatamos, através de simbologia, referências e
intertextualidade a nossa crítica ao que aconteceu com Dandara dos Santos, mulher transexual,
periférica, pobre e antes habitante de uma zona de risco no Ceará.
Nosso texto se inicia com a imagem de um carrinho de mão usado em construção, ele está
cercado de diversos objetos dão ao espectador uma noção das brutalidades que Dandara sofreu
no dia de seu assassinato. Temos, por ex.:
- Perna de manequim: Simbolizando Dandara com diversas fraturas e machucados, incapacitada
de andar.
-Tora de madeira: Simbolizando o mesmo objeto que foi utilizado como arma para agredir
Dandara.
-Arma: Simbolizando a arma que deu o fim a sua vida, após as inúmeras agressões que Dandara
sofreu.
Os homens A, B, C e D utilizam camisas da seleção brasileira (representando o falso-
moralismo do patriotismo que tantos julgam ter em si), cada um com uma máscara com a logo de
uma rede social diferente (representando como os discursos de ódio em nome do falso
patriotismo tomam conta da internet e poluem as redes sociais, pregando a violência e
intolerância). Os quatro homens A, B, C, D carregam em suas mãos, com nojo e desprezo,
objetos femininos são vestido, sutiã e bolsa, mostrando a participação que eles tiveram na sessão
de tortura que submeteram Dandara, tendo os objetos como representações de Dandara, do
feminino e de como corpos femininos acabam se tornando, muitas das vezes, domínios da ira
masculina indomável.
Em relação aos comentários do vídeo de Dandara sendo espancada no youtube,
demonstramos o peso do que é a intolerância e o fato de que mesmo tal brutalidade tendo
acontecido com Dandara, isso não chocou um certo grupo de pessoas, que ao invés de estarem
comovidas e se sentirem mobilizadas para questionar tais atos, elas são até capazes de aplaudir
todo o ocorrido.
O homem E, ao filmar toda a cena com o celular, é uma metáfora para o que se refere ao fato
de muitas das injustiças que nos deparamos em vídeos na internet apenas são filmadas, as
pessoas muitas das vezes preferem filmar a tomar alguma providência. O homem E também
possui um papel muito importante neste roteiro pois ele é, metaforicamente, todas as pessoas que
não tomam atitudes nenhuma quando se deparam com casos de injustiça.
Os homens A, B, C e D sempre manuseiam com força e nojo os objetos femininos que
carregam em suas mãos.
Todos fatores nos remetendo a uma crítica ao conservadorismo brasileiro ter seus ideais muito
próximos do que podemos vincular ao nazismo, essa crítica é feita quando os homens A, B, C e
D marcham ao som do hino da Waffen SS, fazendo a coreografia das manifestações de direita
que ocorreram em Recife.
Todas as agressões e comportamentos que os personagens tem durante o roteiro são
representações das consequências de uma sociedade retrógrada que caminha cada vez mais para
o conservadorismo destrutivo da direita fascista brasileira que oprime cada vez mais as minorias
e ainda tenta justificar seus atos e ideologias problemáticas.
Os sons de chamadas de telefone caindo e/ou não sendo atendidas, se mostram como sendo a
forma que a justiça e a polícia enxerga tais brutalidades em nossa sociedade, muitas das vezes, as
pessoas se dão conta de que ligar para a polícia parece ser em vão, já que muitos casos de
feminicídio, LGBTQfobia e agressão a mulher são ignorados e não levados para a frente para
punir os responsáveis pelos crimes, independente de quem seja e o que tenha feito.
A posição de saudação nazista feita ao fim do roteiro, onde os homens A, B, C e D repetem
“mito, mito” se referem também a onda de fascismo que está cada vez mais tomando conta do
nosso país, principalmente por conta do governo de Jair Messias Bolsonaro, que, agora eleito, em
breve se tornará o presidente da república e cada vez mais pessoas com pensamentos
discriminatórios encontraram empoderamento através das falas de Bolsonaro, que vem já
instigando o ódio a muito tempo.
A história de Dandara, com certeza irá se repetir cada vez mais com muitas outras mulheres trans
e travestis pois os tais atos brutais dos agressores foram, de fato, motivados pelo ódio e a
intolerância.
Música e coreografia
Karine Araújo
O material audiovisual utilizado no roteiro de Dandara Vive tem referências históricas que são
imprescindíveis para a discussão do cenário político atual e fatores que levaram até o feminicídio
de Dandara dos Santos. Nesse sentido, faz-se mais que relevante a utilidade desse durante a
construção do processo criativo e a disseminação de ideias possíveis que ajudem a conscientizar
a população através do estudo da Artes Cênicas.
Música: SS Marschiert In Feidesland
(Hino da Waffen SS)
SS marcha em território inimigo
E entoam uma canção do diabo um atirador está no Volga
E em silêncio tremendo
Assobiamos alto e assobiamos baixo
E o mundo inteiro nos pode
Maldizer ou elogiar
Segundo o gosto pelos guerreiros
Onde seja que vamos, sempre avançamos
E o diabo diz
Ha ha ha ha ha ha ha ha!
Lutamos pela Alemanha
Lutamos por Hitler
Os vermelhos nunca terão tranquilidade
Estamos a lutar em mais uma batalha
No norte, no sul, no este e no oeste
E agora, estamos prontos para o combate
Contra a praga vermelha
SS não descansa até aniquilar
Até que ninguém perturbe a felicidade da Alemanha
E se um dia a luz apagar
Para nós, não haverá volta atrás
Onde seja que vamos, sempre avançamos
E o diabo diz:
Ha ha ha ha ha ha ha ha!
Lutamos pela Alemanha
Lutamos por Hitler
Os vermelhos nunca terão tranquilidade
A Waffen-SS, formada em 1933, foi um dos os braços armados do grupo de organização
paramilitar Schutzstaffel [Tropa de Proteção (SS)] ligada ao partido nazista e a Adolf Hitler.
Construída sobre a ideologia fascista, a SS sob comando de Heinrich Himmler foi responsável
por muitos crimes de ódio contra a humanidade, de comando nazista, durante a Segunda Guerra
Mundial.
Hitler exigia que suas tropas de proteção fossem compostas por cidadãos com comprovada
origem germânica, uma condição física e mental excepcional e que cumprissem as normas da
ideologia nazista, ou seja, uma série de políticas e leis implementadas pela Alemanha nazista em
apoio a teoria de superioridade da raça ariana. Uma doutrina racista que alegava legitimidade
científica foi combinada a um programa de eugenia cuja a finalidade era a higiene racial
chamada de extermínio dos subumanos (Untermensh) o que eventualmente culminou no
holocausto. Esta política mirava indivíduos, particularmente, judeus, ciganos, polacos, negros,
homossexuais e deficientes mentais, que foram considerados inferiores na hierarquia racial,
sendo assim, uma política racista, preconceituosa e homofóbica que perpetua até os dias de hoje
e um desses reflexos são os crimes de ódio responsáveis pela execução de Dandara dos Santos
“A história ensina que graves ameaças a liberdade muitas vezes vêm em tempos de urgência,
quando os direitos constitucionais parecem demasiados e extravagantes para se suportar”
(THURGOD, 1992).
A necessidade do hino de Schustzstaffel no enredo é de conscientização popular, uma vez que,
o hino remete a um período histórico de preconceito e tem como consequência a aniquilação em
massa. Nesse sentido, estamos abordando em nosso trabalho uma crítica também política, pois
atualmente o Brasil passa por um momento de instabilidade econômica responsável por eleger
um cidadão que incentiva através dos seus discursos crimes contra minorias, que são vulneráveis
em uma sociedade de maioria preconceituosa, entre esses discursos, está nítido a sua falta de
interesse em apoiar propostas que vão contra a mercantilização do corpo feminino que tem como
principal consequência o feminicídio, tema abordado ao longo do semestre, como não expor em
nosso enredo fatores que contribuíram e contribuem até os dias de hoje para a disseminação
dessas transgressões?
Vídeo: Manifestações pró-Bolsonaro 2018.
A coreografia utilizada no enredo é um conjunto de ações e provém de momentos que ficaram
para história quando abordado o assunto manifestação e opressão. A coreografia em Dandara
Vive consiste em:
-Marcha
A marcha é um símbolo histórico de militarização, utilizado quase sempre em guerras e
conflitos civis, quando não, indica uma forma de manter uma massa organizada sobre
determinado objetivo ou comando. Durante a junção dessas ações com a peça pensamos como o
reflexo desse, a alienação, no qual a população segue a maioria sem conhecimento ou críticas à
situação, mas com o objetivo de propagar o que a grande parte acha relevante, entra nessa massa
também, pessoas que dão força a massa de forma indireta (risos e gestos) e pessoas que se
omitem (espectadores).
-Saudação Nazista (Mãos e braços estendidos e polegar encolhido a baixo das mãos).
Todo poder que oprime através do medo e vulnerabilidade de outras pessoas possui uma
simbologia que remete ao fascismo. No Brasil, existem grupos que propagam esses crimes de
ódio como ideologia de vida ainda baseadas nos dizeres de um líder maior, Hitler, e não
precisamos ir tão longe para identifica-los, os Skinheads neonazistas (cabeça-raspada), grupo
filiado a uma organização de nacionalismo branco e são conhecidos por seus ataques contra
imigrantes, hippies, militantes ativistas de extrema esquerda (comunistas em particular), negros e
homossexuais. Pensamos na saudação de uma forma metafórica para lembrar que esses grupos
permanecem vivos em todo o mundo de forma não identificada, todo conjunto de pessoas que
escolhem, por puro preconceito e diversão, oprimir o outro é um grupo neonazista, assim como
os jovens responsáveis pelo assassinato de Dandara. No entanto, é muito importante destacar que
existem fatores sociais que contribuíram para este assassinato que vai além do preconceito,
como, a falta de educação e perspectiva de vida dos jovens da periferia.
As junções das ações remetem a uma junção de fatores que contribuem para disseminação desses
crimes de ódio, é uma volta no tempo pensando em aspectos que podem ser mudados para o
futuro e em aspectos que nos levaram ao presente que vivemos hoje, até quando as mulheres
precisaram ser alvo de opressão por serem mulheres? E até quando o fato de ser LGBT
intensificará o motivo desta opressão? “Tudo muda quando descobrimos que os diferentes, são
também iguais” (SILVIO ALMEIDA, 2010).
Enfrentando o roteiro
Alana Beltrão
Durante as aulas de Teoria do Processo Criativo para Cena, ministradas pelo professor Marcus
Mota, utilizamos métodos que buscam facilitar e ampliar a criatividade para a escrita de um
roteiro. Tais métodos foram de extrema relevância na parte de concretização do objetivo final
(roteiro), porém encontrei dificuldades na escrita mesmo com todas as atividades propostas ao
longo do semestre.
A partir da reflexão sobre dificuldades e criação proposta para o seminário, constatei que o
mau desenvolvimento da narrativa, do roteiro diagramático¹ e de pesquisas, foi um dos fatores
primordiais para que a escrita do roteiro fosse dificultada. Como aluna integrante do grupo
Dandara Vive, que participou dos processos de criação, consigo notar nossas falhas como grupo.
Ao pular etapas e produzir um roteiro diagramático sem embasamento, acabamos por embaralhar
nossa cabeça, não produzindo nenhum artifício que pudesse nos ajudar a escrever o roteiro de
forma mais facilitada e fluída.
O reconhecimento dessas falhas e a volta a sua produção, foram essenciais para o
desenvolvimento do roteiro. O embasamento para escrita foi totalmente modificado e melhorado,
houve um amadurecimento.
Mas, não só a má realização das etapas foi um problema. O histórico educacional que carrego
da vida escolar que desenvolveu o ensino apenas de um gênero de escrita, é uma dificuldade a
ser enfrentada. A escrita impessoal e objetiva cobrada em vestibulares, não se faz como presença
única na escrita do roteiro, que pede uma maior amplitude de descrição. Sem a prática deste
gênero de escrita, me deparei na primeira tentativa com tendência a exagerar, escrevendo
detalhes, ações e características que não agregavam ao texto de forma significativa, apenas
inflava o roteiro sem necessidade.
Na busca pela fuga desse exagero, optei por escrever o roteiro a mão, pois na forma manuscrita
conseguia visualizar melhor o que não havia necessidade de ser escrito. Porém, após escrever
três capítulos dos nove presentes na ideia do roteiro, notei o quanto essa alternativa demandava-
me tempo. Neste momento, entra a importância das aulas presenciais com o professor, que ao
perceber essa situação durante uma conversa, sobre nosso andamento, propôs técnicas que
simplificaram a escrita do roteiro, tornando-o mais ágil.
A proposta consistia em ouvir uma música que me inspirasse e em um único documento, sem
concertar as “falhas” na escrita, escrever todo o roteiro de uma única vez. Por meio desse
primeiro roteiro, surgiram outros roteiros para trabalhar em conjunto. A ideia era escrever vários
documentos para que as escritas não se apagassem, mas permanecem ali, me dando a
oportunidade de retorno e reutilização para o roteiro final.
Ao todo abri cinco documentos, e eu fui percebendo que às vezes aquilo que escrevi no último
documento não fica tão bom quanto o do segundo. Iniciei uma escrita de colagem, onde pegava o
que me agradava em um e encaixava no último documento, para ter o roteiro. A proposta deu
certo, não acho que eu não teria escrito o roteiro sem ela, mas com toda certeza escrevi de
maneira mais fluída.
A princípio o nosso roteiro diagramático propunha um texto com muitas narrações, o que de
certa forma facilitaria nossa vida na escrita, porém seria um tédio e um sermão para o espectador.
Na segunda elaboração do roteiro diagramático, nos deparamos com a ideia de um texto sem
grandes falas, que na minha cabeça parecia impossível de ser escrito. Eu tinha consciência da
existência de dramaturgias assim, entretanto nunca havia lido uma.
Com o objetivo de resolver meu problema, parti do princípio básico para soluciona-lo: ler
dramaturgias que pudessem me inspirar. Não precisei ir muito longe, pois no blog já haviam
dramaturgias postadas, por meio da sua leitura e com a utilização de todos os métodos propostos
consegui escrever o roteiro.
A leitura do roteiro, após pronto, em sala de aula e as observações feitas pelo professor me
fizeram atentar sobre uma barreira que eu não havia notado, o meu não conhecimento sobre o
conceito de rubrica. O roteiro continha rubricas de forma exagerada e em locais que não
deveriam existir, prejudicando a leitura contínua do texto. Mas, com a oportunidade de escrever
novamente o roteiro, o adequando a estas observações e estudando de forma mais aprofunda
sobre o que é rubrica, pude concluir o roteiro final da melhor forma possível.
Links:
Roteiro versão final
Artigo sobre o roteiro diagramático
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