quarta-feira, 26 de setembro de 2018

aula de texto

Na terça, tivemos um inusitado encontro presencial com a presença de ... Alzira. apenas ela.
COmo o material do grupo dela está avançado, fomos discutir os passos seguintes.
O grupo Transpasse já
1- abriu o blog
2- realizou a postagem de apresentação
3- selecionou materiais narrativos
4- discutiu comigo os materiais narrativos
5- está fazendo pesquisa de imagens
6- está fazendo pesquisa de sons.
7- já compôs uma música

Bem, o próximo passo seria a elaboração de uma primeira versão do roteiro.
Foi isso que primeiramente conversamos no encontro de terça.
O tema inicial foi a padronização, o formato de textos teatrais.
Embora haja diferentes formas de escritura de texto teatrais, há alguns elementos em comum.
Entre eles temos:

1-Título centralizado, com subtítulo associado a gênero ou anti-gênero que defina a tradição estética
2- Autor ou autores ou autoria coletiva, à direita, com data de elaboração. A data às vezes pode vir depois do título.
3- Lista de personagens ou figuras. Se abordagem é realista, após os nomes colocar algumas características: função, idade, etc.
4- Macrorrubrica: um texto em itálico em que o dramaturgo define em termos gerais a proposta do texto, seu espaço geral, suas ideias  alvos críticos.
5- seções, partes. Seguem as partes do texto que podem ser identificadas e numeradas.
6- Em cada seção ou parte, temos as rubricas. Rubricas de abertura de cena, que informam espaço, objetos e agentes. Rubricas de entrada e saída de agentes. Rubricas de marcação emocional. Rubricas de ações. Tudo que acontece, que muda, altera, é rubricado.

Depois disso, passamos a conversar sobre a dinâmica de escritura.
Ponderei que o melhor é termos ensaios, encontros com o grupo. Leva-se um esboço de cena para os ensaios. E os integrantes do grupo testam, experimentam, improvisam, a partir desse esboço. Depois escreve mais a cena. É a interação entre a escrita da cena e o material dos ensaios.
Uma proposta que foi pensada seria a de distribuir os integrantes do grupo como diretores do dia, cada diretor ou supervisor do dia responsável por conduzir os trabalhos de ensaio para cada cena.



terça-feira, 25 de setembro de 2018

Aula quinta , dia 27

Em virtude da presença nula de estudantes hoje ,e pela desculpa da semana universitária, nosso próximo encontro será no dia 02 de outubro . Até lá espero que os grupos realizem suas tarefas já indicadas na terça passada, 18.
Ou seja , nesta quinta feira dia 27 sem encontro presencial .

Materiais Caso n. 4

Identidade das Personagens
Maria de Fátima Cardoso Melo – 43 anos, dona de casa, sofreu agressão do marido que chegou bêbado em casa de madrugada. Maria de Fátima, cansada das agressões sofridas pelo marido que tinha se tornado corriqueiras, resolveu escutar os vizinhos que várias vezes já tinham denunciado os acontecimentos, dessa vez resolveu ela mesma procurar a delegacia da mulher.
Maria Luíza Machado Amaral – 21 anos, estudante de pedagogia, sofreu tentativa de estupro pelo ex ficante durante uma festa. O estudante aproveitou da inconsciência de Maria Luíza para forçar sexo com ela que já havia negado, e foi impedido por Maria Cecília. Maria Luíza já tinha passado por outra tentativa de estupro pelo mesmo, mas consciente conseguiu escapar e nunca contou pra ninguém.
Maria Cecília Fernandes Lopes – 21 anos, estudante de pedagogia, sofreu dois abusos sexuais ainda quando criança com 8 e 12 anos, por um tio e pela vergonha e culpa que sentia nunca contou pra ninguém, mas viveu sua vida a sombra desses abusos e outros abusos psicológicos. Maria Cecília é colega de Maria Luíza e mesmo estando em estado de choque ao ver a amiga sendo abusada impediu que a colega passasse pela mesma coisa que ela passou. E encorajou a colega a fazer a denúncia.
Maria Lívia de Araújo Brito – 27 anos, mulher trans, formada em direito, porém trabalha como vendedora para se manter. Sofreu assedio seguido por agressão, o agressor é o pastor da sua igreja, e ao procurar ajuda com pessoas da igreja foi vítima de chacota, e expulsa da mesma. Então resolveu procurar a delegacia da mulher.



1- Marias
2- violência e proximidade
3- denúncia VS silêncio
4- mútua ajuda.





História de Beltrana

Beltrana tem 16 anos, é mãe de um menino de 3, e é usuária de drogas há 4 anos. Ela mora no Jacarezinho, Zona Norte do Rio de janeiro, com sua mãe, pai, avó e filho. No sábado, dia 21/05/16, as 07h, ela sai de casa para ir a um baile funk na Comunidade do Morro do Barão, uma comunidade que ela habitualmente visita desde os 13 anos. Beltrana vai acompanhada de Raí, de 22 anos, uma pessoa com quem ela se relaciona há 3 anos, Lucas Perdomo, de 20 anos, e mais uma “coleguinha”, como chama a avó de Beltrana. Raí mora com a mãe, duas irmãs (14 e 24 anos) e três primas, em uma casa herdada de sua avó materna, e namora com uma menina que conhece sua família. No baile, o quarteto bebe, fuma maconha, e cheira loló antes de seguirem para uma casa abandonada. Às 10h, Raí, Lucas, e a outra menina, decidem ir em bora do local, e deixam Beltrana para trás, ainda sob efeito de drogas. As 11h, Beltrana é encontrada pelo traficante Canário, de 28 anos, que a leva para outra casa, onde ele é apenas o primeiro a estuprá-la. Na noite de domingo, dia 22, Raí chega nessa casa acompanhado de Raphael Duarte Belo, 41 anos, e de um sujeito chamado Jefinho. Nesse momento eles não só abusaram da menina, como também filmavam e fotografaram o crime. Passaria ainda mais 2 dias até as fotos e os vídeos vazarem e espalharem pelo facebook, deixando Raphael desesperado ao ser reconhecido e xingado nas ruas; só então que ele pensa em perguntar a idade da menina e imediatamente leva-la para casa da família dela, para quem ele inventa uma história que teria achado ela, e sem querer tirados fotos para zombar dela, e dias depois a encontrou novamente largada, dessa vez na rua, e então decidiu procurar sua família. Na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), o então delegado titular, Alessandro Thiers, ouviu o depoimento de Beltrana em uma sala exposta, a vista de um de um dos seus estupradores, enquanto a noiva do delegado, a estilista Sophia Marins, o acariciava. Durante o depoimento o delegado acua a menina, falando que ela seria a culpada pela a atual situação dela. Não demora uma semana até Alessandro ser substituído pela delegada Daniela Terra. Ao total, 7 pessoas foram indiciadas: Raí, Raphael, Perninha (menor de idade), Canário, Da Russa (Chefe de tráfico), Michel Brasil, Marcelo Miranda. Raí e Raphael foram os primeiros a serem presos. Canário seria preso 4 meses depois, após matar um comparsa do tráfico. Dois seguem foragidos da lei.

Tópicos
1- menina, de menor
2- deslocamentos, sempre em movimento.
3- noite
4- amigos e deixada para trás.
5- Série de estupros. Já vem sendo violentada desde pequena.
6- Filmagem, mídias sociais.
7- Julgamento moral.
8- contraste entre música, baile funk, festa e o estupro coletivo.

Links:
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/05/27/quando-acordei-tinham-33-caras-em-cima-de-mim-diz-menor-estuprada-no-rio.htm


https://medium.com/@mariapalote/faz-tempo-que-nos-chocamos-com-estupros-coletivos-ser%C3%A1-que-vamos-fazer-algo-agora-e9fae02be99b

aula normal essa semana

Estou postando aqui apenas para esclarecer:
Semana Universitária é um evento da Universidade.
Ela contempla atividades de Extensão.
A maioria dessas atividades é no turno na manhã e da tarde.
O colegiado não decide nada.
Cabe a uma negociação entre professores e suas turmas, se houver de fato a necessidade de alguém se ausentar em função de atividade e/ou participação na extensão.
Em nosso caso, não há impedimento algum.
Aula normal.
Só não há aulas fora dos horários da aula ou em feriados.
Ficou pendente uma questão de ônibus/greve. Mas o pessoal do ônibus e do metrô, eles entraram em acordo.
Então não há impedimento para haver aula. E assim haverá aula essa semana.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

AULA NA QUINTA dia 20

Neste dia vocês continuem suas pesquisas. Não haverá encontro presencial.

análise de postagens

 Grupo 1
Caso 04
duas postagens, apenas fotos, sem texto de apresentação do grupo, sem release da proposta, sem análise do material narrativo, sem material narrativo, sem roteiro diagramático.

grupo 2
Transpasse
11 postagens, fotos, textos de apresentação, release de proposta, material narrativo, roteiro diagramático, proposta de canção de cena.

grupo 3
Número 33
Duas postagens, fotos, sem texto de apresentação do grupo, sem release da proposta, sem análise do material narrativo, sem material narrativo, sem roteiro diagramático.

Grupo 4
Dandara Vive
Quatro postagens, fotos, texto de apresentação fora do escopo da proposta do grupos,  sem material narrativo, com roteiro diagramático.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Grupo Dandara Vive



Integrantes 

Alana Beltrão 
Felipe Lucena 
Karine Araújo 
Katleen Lorranny Siqueira

dandara.vive


GRUPO NÚMERO 33

https://www.facebook.com/groups/1144843372337433/

Participantes:
- Beatriz Gasparotto
- Otávio Motter
- Vivian Silva
- Naara Mello

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

análise de texto

Como primeiro passo de nossas dramaturgias, tivemos o levantamento de narrativas.
A partir das narrativas começa a construção do roteiro.
Para tanto, uma análise desse material inicial já nos insere na familiaridade com nosso tema.
Na análise, é útil se concentrar nos elementos visuais e sonoros ali existentes.
E não pensar logo na verbalidade, no que vai ser dito.
Por exemplo:
O grupo transpasse selecionou três narrativas de violência doméstica
No primeiro, há umas imagens recorrentes associadas a sangue e tecido.
Coisas que se repetem ou coisas únicas, singulares chamam nossa atenção.
Então é a partir da análise, selecionando possibilidades imagéticas que podemos começar.
Assim, a análise do material prévio vai levantando referências para a dramaturgia.
Vejam o texto/depoimento

"A filha conta que quando a família mudou para casa nova (casa 181), o pai, bêbado quis beijar a mãe, ela o afastou e então ele empurrou a cabeça da mãe contra a parede. Como a parede era de tijolos, fez um buraco na cabeça da mãe (que ela levou cerca de 80 pontos). Com a cabeça machucada envolvida por uma fralda cheia de sangue, a mãe foi até os filhos e disse: “A mamãe vai bem ali mas ela já volta”, e a filha perguntou: “porque a fralda tá vermelha?”, ao que a mãe respondeu: “A mamãe pintou com tinta”."

Uma coisa importante, a partir das sugestões da Alzira, foi não reproduzir a violência por si mesma. Isso se faz , por exemplo, apagando o macho, o agente da violência. No lugar dele, mostrar os efeitos da violência.
Um recurso no teatro é o de pegar um objeto de cena e dar várias funções, transformá-lo. o pano pode ir para a cabeça, ser amarrado na cintura, virar roupa, toalha, laço, rede, etc.
O vermelhão do sangue derramado pode ser bem enfocado.

A segunda narrativa/depoimento
"Maria trabalhava como doméstica e era casada com um homem muito instável e violento com o qual ela tinha 3 filhas. O marido sempre agredia Maria verbalmente, mas ela sempre relevava, até que um dia ele a agrediu fisicamente pela 1ª vez e isso nunca mais parou.
Quando a filha mais velha completou 9 anos, a mãe notou diferenças em seu comportamento, mas isso só ficou mais evidente quando ela fez 15 anos e a mãe descobriu que o pai abusava da filha.
Ao ir “tirar satisfações” com o marido, Maria foi agredida e ameaçada, ela não reagiu por medo e dependência. O marido foi reclamar com a filha e tentou estuprá-la, mas ela bateu nele, fugiu de casa e o denunciou à polícia. Ele fugiu e passou a ser procurado. A polícia, junto com Maria armou uma emboscada e conseguiu prendê-lo.
Atualmente ele está na cadeia, mas disse que quando sair da prisão irá mata-la. A família do marido o protegeu durante a fuga e até hoje culpa Maria por ele estar preso."


Aqui o foco não é a mãe, mas a filha, inicialmente. Então mostrar o efeito do medo, a mudança de comportamento, a menina com seus brinquedos e de repente a violênicia. Outra coisa relevante é que a reviravolta se deu quando ela e a mãe se uniram. 

Terceira narrativa/depoimento:
" Maria casou com Carlos muito jovem e logo ficou grávida. Seu marido sempre foi muito autoritário e a controlava em tudo. Inicialmente a humilhava verbalmente e com traições, depois iniciaram-se as agressões físicas. Inventava histórias de que ela o estava traindo para justificar as violências, até que um dia ele disparou uma espingarda contra ela – dois tiros – que a acertaram de raspão no braço e na perna.
Um dia, no ápice de uma briga, Carlos pegou uma estaca e avançou na direção de Maria, ao relembrar desse momento ela disse: “Eu vi nos olhos dele que ele ia me matar”. A morte só não ocorreu porque apareceu um vizinho que o impediu.
Maria fugiu de casa, mas teve que deixar sua filha porque Carlos não permitiu, ela apenas a visitava aos fins de semana.
Esses episódios já aconteceram a aproximadamente 7 anos, Carlos já está casado com outra mulher, tem outros filhos, mas ainda diz para a filha que tem com Maria coisas como: “Se sua mãe arrumar outra pessoa eu a mato”.
Como até hoje ele tem medo do ex-marido, ela precisou fugir para sobreviver.


Todos os relatos são de violência doméstica, entre mulher e parceiro. No caso de ssa última a ênfase seria na gravidez, na barriga, no nascimento em meio à violência e morte.  A forte frase Eu vi nos olhos dele que ele ia me matar tem sua audiovisulidade bem identificável.



ROTEIRO DIAGRAMÁTICO

Para trabalhar com a construção de roteiros, desenvolvi a ferramenta de roteiro diagramático.
Isso será o tema de nossa aula de quinta.


Escrevi sobre isso no artigo

"Teatro musicado, roteiro diagramático e seminários interdisciplinares: experiências em pesquisa, ensino e criação no laboratório de dramaturgia da Universidade de Brasília".

Link:  http://seer.ufrgs.br/index.php/cena/article/view/60710/37722

Está também no livro
Dramaturgias. Conceitos, Exercícios e Análises.
Editora Universidade de Brasília, 2017.



segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Grupo Transpasse - Violência e Feminicídio

Grupo no Facebook para acompanhamento do processo de criação dramatúrgica da disciplina Teoria e processos criativos para a cena - UnB 2º/2018 Grupo: Alzira Bosaipo Carla Veras Juliana Victória Pedro Ivo Maia

https://www.facebook.com/groups/414116199115489/about/

Autoavaliação - Alzira Bosaipo

AUTOAVALIAÇÃO Nome: Alzira Bosaipo Matrícula: 180047558 1- Discorra sobre o que você aprendeu neste semestre. Tivemos uma meto...