1- A relação entre as cenas dos ensaios e as cenas do roteiro.
As cenas dos ensaios são filmadas. Cada novo ensaio da mesma cena acarreta mudanças, novos elementos. Uma análise das cenas filmadas impulsiona mudanças (acréscimos, supressões, etc) no roteiro. Ora, a cena no ensaio é ampla, multssensorial. Temos eventos que podem ser analisados sob a perspectiva do tempo (duração total da cena, duração das ações, relações entre as durações das ações, tensão entre o tempo efetivo e o tempo psicológico); do espaço ( distribuição dos agentes em cena, distribuição dos objetos de cena); e das ações ( atos dos agentes)
2- Tais categorias chegam a nós principamente como coisas de se ver e de ouvir, visualidade e sonoridades.
3- Diante da complexidade de um evento que pode ser compreendido por diversas lógicas simultâneas (tempo, espaço, ação), transcrever uma cena filmada é também um modo de análise, de decompor esse evento, de compreender como ele se organiza. Assim, quem escreve um roteiro pratica a análise de um evento multissensorial.
4- No roteiro estão, a partir disso, as mesmas categorias de análise de um evento complexo em cena: a- temos uma ordem de eventos, de distribuição de coisas, pessoas e ações em uma dada ordem temporal
b- temos a decomposição de um evento na sucessão de suas informações;
5- Com isso, chegamos a um paradoxo da escrita de cenas: o registro verbal é feito de palavras. Mas essas palavras nos apontam para algo além da língua. Ou seja, escrevemos algo que é um artefato verbal, um texto, o qual nos remete para coisas além do texto. Uma mera ênfase em atos verbais quando da escrita de um texto cência acaba por limitar o amplo aspecto de um roteiro que é apresentar para o leitor um evento composto por diversas materialidades.
Por isso, um bom exercício é trabalhar mais com descrições, adiar cada vez mais a estratégica de colocar figuras em cena centradas em atos verbais. Assim, com esse adiamento, ficamos mais criativos, começamos a prestar mais atenção nas coisas que de fato estão acontecendo em cena,
As cenas dos ensaios são filmadas. Cada novo ensaio da mesma cena acarreta mudanças, novos elementos. Uma análise das cenas filmadas impulsiona mudanças (acréscimos, supressões, etc) no roteiro. Ora, a cena no ensaio é ampla, multssensorial. Temos eventos que podem ser analisados sob a perspectiva do tempo (duração total da cena, duração das ações, relações entre as durações das ações, tensão entre o tempo efetivo e o tempo psicológico); do espaço ( distribuição dos agentes em cena, distribuição dos objetos de cena); e das ações ( atos dos agentes)
2- Tais categorias chegam a nós principamente como coisas de se ver e de ouvir, visualidade e sonoridades.
3- Diante da complexidade de um evento que pode ser compreendido por diversas lógicas simultâneas (tempo, espaço, ação), transcrever uma cena filmada é também um modo de análise, de decompor esse evento, de compreender como ele se organiza. Assim, quem escreve um roteiro pratica a análise de um evento multissensorial.
4- No roteiro estão, a partir disso, as mesmas categorias de análise de um evento complexo em cena: a- temos uma ordem de eventos, de distribuição de coisas, pessoas e ações em uma dada ordem temporal
b- temos a decomposição de um evento na sucessão de suas informações;
5- Com isso, chegamos a um paradoxo da escrita de cenas: o registro verbal é feito de palavras. Mas essas palavras nos apontam para algo além da língua. Ou seja, escrevemos algo que é um artefato verbal, um texto, o qual nos remete para coisas além do texto. Uma mera ênfase em atos verbais quando da escrita de um texto cência acaba por limitar o amplo aspecto de um roteiro que é apresentar para o leitor um evento composto por diversas materialidades.
Por isso, um bom exercício é trabalhar mais com descrições, adiar cada vez mais a estratégica de colocar figuras em cena centradas em atos verbais. Assim, com esse adiamento, ficamos mais criativos, começamos a prestar mais atenção nas coisas que de fato estão acontecendo em cena,
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